Por CIBCOM na Jacobin – Tradução: Maurício Ayer, 04/11/2022
I
No calor da revolução digital das últimas quatro décadas, as tecnologias da informação e da computação permearam nossas sociedades a ponto de se tornarem praticamente onipresentes, conectando bilhões de pessoas entre si. O movimento socialista não ia deixar por menos e, nos últimos anos, surgiram vários grupos sob o guarda-chuva do que poderia ser chamado de cibercomunismo.
Apesar do que possa parecer, não se trata apenas de comunistas usando computadores. Neste artigo pretendemos argumentar que o comunismo cibernético é descrito como tal porque consideramos que a cibernética, como ciência da informação e do controle, complementa a crítica da economia política marxista de tal forma que nos permite vislumbrar o substrato informacional oculto por trás realidades burguesas e compará-las com instituições alternativas em termos de eficiência e adaptabilidade.
Para compreender as características essenciais desse novo paradigma teórico, convém fazer uma revisão histórica dos conceitos, autores e correntes que o nutrem. Esta será a intenção última deste escrito: traçar uma espécie de “árvore genealógica” do cibercomunismo.
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