A emergência social dos preços

Texto lido como aula magna no 40º Encontro Nacional de Economia – ANPEC, em 11/12/2012. C

No texto que pode ser acessado ao final dessa nota, discute-se uma questão de fundamento em teoria econômica. Argumenta-se que o individualismo metodológico – pressuposto dominante da teoria econômica – mantém uma proposta para a construção de teorias que é logicamente impossível de ser realizada rigorosamente. E que, para não cair em contradição, e para não subsumir completamente a pessoa ao sistema econômico, tombando, assim, no coletivismo metodológico, é preciso pensar de outro modo.  Mostra-se, então, que esse modo é a dialética de Hegel e Marx. Para tanto, o texto discute  grosso modo a formação de preços  na teoria clássica, na teoria neoclássica e em O Capital de Marx.

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O todo e as partes

O todo e as partes: a questão da emergência.

O objetivo da presente nota de aula é fazer uma apresentação didática da relação entre o todo e as suas partes, tratando também da questão da emergência que lhe é inerente. Discutem-se três possibilidades: o todo é um agregado; o todo é uma composição; o todo é uma totalidade. Discute-se, também, a questão: donde provêm as propriedades do todo? O reducionismo diz que vêm simplesmente das propriedades das partes. A análise compositiva afirma que advêm das capacidades de interação das partes. E a dialética sustenta, contra a aparência em contrário, que elas provêm da própria organização interna das partes que entram na formação do todo. As partes com as suas características fornecem o suporte para a constituição do todo, mas a sua existência enquanto tal é explanada pelo próprio processo de produção ou de reprodução de sua estrutura de relações internas (base de sua organização).

O texto complexo encontra-se na pasta Aulas, sob o título O todo e as partes – A questão da emergência

Emergência da emergência

Emergência sob a luz da dialética

No artigo, procura-se, em primeiro lugar, distinguir a ciência clássica da teoria dos sistemas, tal como foi formulada por Bertalanffy. Como essa segunda concepção de ciência apreende o mundo como uma hierarquia de sistemas de complexidade crescente, ela põe o problema da emergência. Discutem-se, em seqüência, duas grandes orientações na compreensão desse problema: o emergentismo fraco e o emergentismo forte. Mostra-se, depois, que ambas essas orientações não deixam de chegar a impasses lógicos, os quais as levam a cair em problemas lógicos: contradições ou irracionalismos. Trabalhando os conceitos de totalidade e contradição reflexiva, indica-se na seção final como a dialética de Hegel e Marx veio superar aqueles impasses, estabelecendo a possibilidade e a necessidade de um modo de pensamento que enfrenta o devir – e as transformações qualitativas – racionalmente.   

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Ciência relacional

Reducionismo e dialética 

Na primeira seção deste artigo, busca-se apresentar a ciência moderna, que é reducionista, por meio de seus traços fundamentais. Nesse sentido, mostra-se com base em escritos de Ulanowicz que ela pode ser caracterizada por um conjunto de fundamentos, os quais se encontram relacionados entre si: fechamento causal, atomismo, reversibilidade, determinismo e leis universais. Em seqüência, discutem-se as fraquezas da ciência moderna com base na crítica de Hegel ao mecanicismo. Segundo esse autor, essa ciência é culminação do saber do entendimento que privilegia a identidade em face da contradição, o fenômeno em relação à essência, a forma em relação ao conteúdo, etc. Ela opera com categorias abstratas, particulares e formais, sem articulá-las num sistema coerente visando à totalidade. Na terceira parte, tendo por inspiração as idéias de Ulanowics – mas recorrendo a outras fontes e procurando levá-las a outro patamar –, busca-se mostrar quais seriam as principais características de uma ciência relacional. Em contraposição àquelas da ciência reducionista, arrolam-se as seguintes: abertura causal, negação do atomismo (mas também do organicismo), irreversibilidade temporal, leis tendenciais que envolvem necessidade e casualidade, assim como, finalmente, historicidade de todos os processos naturais.  

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Microdinâmica

Desafios à teoria neoclássica

Nesse artigo busca-se examinar criticamente o suposto mais importante da teoria neoclássica, ou seja, aquele que afirma serem as preferências subjetivas os fundamentos dos preços. Questiona-se a plausibilidade dessa construção paradigmática elaborando modelos econômicos focados de sistemas adaptativos complexos. Estes divergem da microeconomia tradicional por permitirem a interação descentralizada de grandes coleções de agentes heterogêneos, em ambientes que também se encontram em permanente processo de mudança. Faz-se, portanto, exercícios de microeconomia sistêmica, não reducionista. O método aqui empregado costuma ser denominado de modelagem computacional baseada em múltiplos agentes, vindo a ser também, frequentemente, encarado como meio de investigação social baseado na construção de sociedades artificiais. O artigo se inspira fortemente no livro Growing artificial societies – social science from the bottom up, de Epstein e Axtell (1996), que o utilizou de modo ilustrativo e exemplar na investigação abstrata de processos de coevolução que combinavam sub-processos demográficos, econômicos, culturais, etc., os quais são em geral tratados separadamente em campos científicos pertinentes. Em particular, eles examinaram certos processos dinâmicos associados ao evolver de uma economia de troca, os quais serão aqui retomados.

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Complexidade

Três concepções de complexidade

Expõe-se no artigo em seqüência três concepções de sistema complexo, cada uma delas com a sua noção específica de emergência. A primeira está crucialmente baseada na idéia de que esse tipo de objeto científico pode ser apreendido suficientemente com base na construção de sistemas dinâmicos. Ela será denominada aqui de dedutivista. A segunda delas, que será chamada de saltacionista, acredita que os sistemas complexos apresentam mudanças qualitativas que se manifestam no curso do seu processo evolutivo como novidades irredutíveis. A terceira delas será denominada de estrutural. Ela se baseia na idéia de que não há apenas nexos externos entre os elementos, mas também internos. E que estes vêm a ser inerentemente constitutivos tanto dos elementos enquanto tais quanto do todo sistêmico. Nessa perspectiva, os sistemas são objetos com estrutura de relações e posições, de tal modo que as suas propriedades emergentes passam a ser encaradas como formas de manifestação dessas estruturas.    

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