O neoliberalismo morreu?

Autor: Eleutério F. S. Prado [1]

A questão é bem controversa. Segundo Nancy Fraser, o neoliberalismo não morreu; contudo, passou da fase progressista para uma fase reacionária (veja-se a nota Depois do neoliberalismo). Já para Branko Milanovic o mundo está entrando em uma nova era, mas o neoliberalismo não chegou ao fim. Segundo ele, os países ricos adotam agora uma política com dupla face:  abandonam a globalização neoliberal internacionalmente, mas continuam a promover um projeto neoliberal internamente (veja-se a nota O que vem depois da globalização?).

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O que vem depois da globalização?

Introdução IHU

O mundo está entrando em uma nova era. Os países ricos adotarão uma política dupla: abandonar a globalização neoliberal internacionalmente e promover um projeto neoliberal internamente

Depois de duas fases de globalização [1ª onda e 2ª + 3ª ondas no gráfico abaixo], “o mundo está entrando em uma nova era [indicada pela 2ª reversão no segundo gráfico em sequência] na qual os países ricos adotarão uma política dupla incomum: abandonar a globalização neoliberal internacionalmente e promover resolutamente um projeto neoliberal internamente”, afirma o economista Branko Milanovic.

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A economia neoclássica é incapaz de compreender a politica tarifária de Trump

O texto em sequência aponta para “a incapacidade da economia convencional de explicar a desigualdade doméstica e a competição internacional entre as nações” e, assim, a política tarifária de Trump. A perspectiva dessa crítica, contudo, não parecer ser a dos países subjugados. De qualquer modo, ela admite implicitamente que as relações entre países portam contradições, as quais se manifestam como interações que visam a cooperação e/ou o conflito.

Autor: Branko Milanovic

Blog do autor – 19 de maio de 2025 – Título original: Nothing (meaningful) to say.

Em um excelente artigo recente “Guerra e política internacional” (de acesso livre), John Mearsheimer apresenta uma versão sucinta da teoria realista das relações internacionais, aplicada ao mundo multipolar atual. Ele se concentra na existência inevitável da guerra devido à forma como o sistema internacional está estruturado: vem a ser uma anarquia em que nenhum país desfruta do monopólio do poder semelhante ao que o Estado tem na política interna; eis que nele não há  uma instância capaz de impor o cumprimento das regras.

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