Crise estrutural no ocaso do capitalismo

Eis como Murray Smith apresenta o livro O invisível leviatã.

O capitalismo global, com a inclusão da humanidade, enfrenta agora uma crise tripla:

Um aprofundamento da contradição estrutural do modo de produção capitalista, que se manifesta como uma crise multidimensional de “valorização”, isto é, uma crise na produção de “mais-valor”, o elemento vital dos lucros;

Uma crise grave das relações internacionais derivada do fato de que as forças produtivas globais estão rompendo os limites do sistema de estados nacionais; assim, as nações continuam abordando os seus graves problemas de forma principalmente “nacional”;

Uma crescente “crise metabólica” decorrente da contradição entre a civilização humana e as “condições naturais de produção”, isto é, entre o seu modo de apropriação da natureza e os fundamentos ecológicos da sustentabilidade das sociedades.

Juntas, essas três crises inter-relacionadas sugerem que se entrou agora na era do crepúsculo do capitalismo – uma era em que a humanidade terá de encontrar uma ordem social e de organização econômica superior e mais racional ou o capitalismo decadente trará a destruição da civilização humana.

Uma apresentação do livro feita pelo responsável pelo blog se encontra aqui: Crise estrutural no ocaso do capitalismo

Limites do capitalismo

François Chesnais escreveu recentemente um artigo para responder à questão – sem dúvida importante nos tempos atuais – de saber se “o capitalismo encontrou [agora] limites intransponíveis”. Assim, ele pretendeu ir (um pouco) além de Marx na investigação dos limites do capitalismo.

Ora, ele julga que esse pequeno avanço é necessário para que se possa compreender adequadamente o próprio desenvolvimento do capitalismo da segunda metade do século XX em diante e principalmente após a virada do milênio. A partir da interpretação de certos trechos do próprio Marx, ele chega a uma conclusão forte: sim, o capitalismo enfrenta agora, de fato, um limite interno e um limite externo, os quais não conseguirá mais ultrapassar.

Na nota que vai em anexo apresenta-se um comentário crítico desse artigo: A questão dos limites do capitalismo