Neste post publica-se uma nota que defende o desenvolvimentismo e que se caracteriza, sobretudo, por fazer aflorar uma intensa – e doída – ironia. Eis que faz a resenha de um estudo recente sobre as políticas econômicas que efetivamente produziram e que podem produzir o alçamento (catching up) e que, de modo inesperado, recebeu a chancela do FMI.
A nota aqui traduzida foi publicada originalmente em inglês, no blog The Political Economy of Development. Nela, Nick Johnson discute um artigo de Cherif e Hasanov cujo título, traduzido, fica assim: O retorno de uma política que não deve ser nomeada, princípios de política industrial.
A nota é ventilada neste blog porque essa política, no Brasil, tornou-se de fato “inominável”. Não por demérito próprio, mas por causa do demérito de seus críticos atrozes. Eles preferem, no fundo, que o País permaneça na condição de nação “liberal-dependente”.
A principal conclusão que a nota quer mostrar se encontra numa citação. E esta diz respeito à condição necessária, mas não suficiente, para que uma política desenvolvimentista possa ser implementada. Esta condição é, ademais, acaciana. Para que ocorra é preciso, sim, um “acordo nacional”: “Uma combinação de poder e de instituições mutuamente compatíveis e, ademais, que seja sustentável em termos de viabilidade econômica e política”.
Ora, é justamente esse “acordo nacional” que falta de modo inelutável, pois se tornou (talvez?) impossível num país que passou por uma desindustrialização e financeirização como o Brasil nos últimos 40 anos. Uma alternativa precisa, por isso, ser criada… mas esta tem de ser verdadeiramente democrática (os socialismos que existiram ou que ainda existem não podem, portanto, ser tomados como modelos).
A nota está aqui: A política que não deve ser nomeada
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