Estagnação e gastos militares

Autor: Eleutério F. S. Prado[1]

Eis uma pergunta interessante feita por Michael Roberts: “podem os gastos militares despertar as economias que estão presas numa depressão tal como se encontram as economias europeias desde 2009?”[2] Muitos economistas acreditam que sim, em especial os keynesianos que raciocinam centralmente sobre o nível da atividade econômica a partir da demanda agregada. Para eles, um estado estagnação pode ser superado por meio de gastos deficitários do Estado.

Continuar lendo

Um modelo econômico xenófobo

Autor: Felix Helberg – Jacobina – 09/09/2024

Em Turíngia, antiga Alemanha Oriental, a extrema direita representada pelo partido AfD venceu uma eleição estadual pela primeira vez. Seu sucesso é o resultado de um modelo econômico de baixos salários que, por sua vez, alimentou uma reação anti-imigração.

No domingo ocorreram eleições estaduais nos estados orientais da Alemanha, Turíngia e Saxônia — com a extrema direita se saindo tão bem quanto o esperado. A Alternative für Deutschland (AfD) obteve 32,8% e 30,6% em cada estado, respectivamente, tornando-se o partido mais popular na Turíngia e ficando em segundo lugar na Saxônia. Espera-se que, quando outro estado oriental, Brandemburgo, votar em 22 de setembro, o resultado seja semelhante.

Continuar lendo

Fim da hegemonia alemã na União Europeia?

Michael Roberts – The next recession blog – 01/09/2024

Ocorreram recentemente eleições em dois grandes estados provinciais no leste da Alemanha.  Os partidos eurocéticos, anti-imigrantista e amigos da Rússia, tanto da extrema direita quanto da nova esquerda, ficaram à frente.  Os partidos da atual coligação federal dos sociais-democratas, dos verdes e dos chamados democratas livres estão sendo dizimados nestes estados da antiga Alemanha Oriental. 

Os três estados do leste juntos abrigam cerca de 8,5 milhões de pessoas, representando 10% da população da Alemanha. Mas não é apenas nesses estados que o “centro” da política alemã está entrando em colapso.  Os três partidos do governo de coalizão do chanceler Scholz viram sua participação conjunta nos votos cair de mais de 50% no final de 2021 para menos de um terço hoje.

Continuar lendo