Uma política econômica “segura” para a Grã-Bretanha

Autor: Michael Roberts – The next recession blog – 07/08/2024

Já existiu uma “abeconomia” no Japão; uma “modieconomia” na Índia e mesmo uma “bideconomia” nos EUA.  Agora temos uma politica econômica  “segura” (seguronomics) para a Grã-Bretanha. Esta pode parecer uma expressão elegante para apresentar os fundamentos da política econômica do novo governo trabalhista do Reino Unido – tal como foram expostos por sua nova ministra das finanças (chamada curiosamente de chanceler do tesouro) da Grã-Bretanha, Rachel Reeves, que já foi economista do Banco da Inglaterra.

Quando Reeves esteve em Washington, antes das recentes eleições no Reino Unido, ela disse ao público que “a globalização, tal como a conhecíamos, está morta”.  E ela estava certa.  O grande boom do comércio mundial desde a década de 1990 parou bruscamente após a Grande Recessão de 2008-9 e, desde então, o comércio mundial basicamente estagnou. Ora, essa tendência se expressou também no Reino Unido, pois agora ele tem o maior déficit comercial de sua história.  E não se trata apenas comércio.

Continuar lendo

O capitalismo britânico está estagnado

Autor: Michel Roberts – The next recession blog – 04/07/2024

Os cidadãos do Reino Unido votaram em uma eleição geral em 4 de julho de 2024.  As pesquisas de opinião atualmente preveem que o Partido Conservador, após 14 anos no governo, será fortemente derrotado.  Espera-se que o Partido Trabalhista, de oposição, ganhe uma maioria de mais de 250 assentos. Trata-se de um deslizamento de terra recorde, pois os conservadores obterão menos de 100 assentos.

Mas antes da eleição, 75% dos britânicos mostraram que têm uma visão negativa da política na Grã-Bretanha.  Eis que os partidos Trabalhista e Conservador devem registrar uma menor parcela combinada de votos em um século.  Em vez disso, partidos menores como a Reforma, os Liberais Democratas e os Verdes fizeram avanços.

Continuar lendo

Rumo à estagnação completa

Dois fatos futuros já são sabidos nesse momento de velório nacional por causa de uma “gripezinha” que se mostra, dia após dia, hora após hora, minuto após minutos, como uma doença genocida:

a) os governantes da pátria amada e idolatrada, considerando-se o conjunto das nações de rendas médias e altas, serão considerados como os mais desastrados no enfrentamento da difusão da pandemia do novo coronavírus na sociedade;

b) os danos na malha produtiva produzidos pela atual crise da economia capitalista no Brasil, como consequência dessa má gestão, mas também da política econômica dos últimos trinta anos e, em particular, aquela imediatamente pregressa, serão os maiores dentre todas essas mesmas nações.

Para tomar ciência de um argumento que afirma a possibilidade de que ocorra uma estagnação completa da economia capitalista no Brasil, leia-se o artigo que aqui  vai, mas que já foi publicado pelo jornal de internet Outras Palavras: Rumo à estagnação completa