Na maior parte do mundo e mesmo nos países ditos socialistas se ensina a microeconomia tal como foi desenvolvida pela teoria neoclássica. Ademais, grande parte do que se leciona sob o rótulo de macroeconomia funda-se também no modelo de equilíbrio geral que a cientificidade dominante põe como o arquétipo da boa teoria econômica. Ora, assim, se passa a pensar o sistema econômico real com base em uma noção positiva de equilíbrio que se caracteriza por afirmar o estado de repouso como o estado normal (pelo menos como forte tendência) de seu funcionamento.
Mas nem sempre, entretanto, foi assim. A teoria clássica e Marx, bem ao contrário, afirmam antes a anarquia e o desequilíbrio como o estado constante de seu evolver turbulento, um evolver complexo que põe uma certa ordem por meio apenas de permanente desordem. Por isso, essas teorias empregam noções negativas de equilíbrio: eis que permitem pensar o sistema num estado puro que ele só produz como resultado de intermináveis oscilações irregulares que se compensam ao longo do tempo.
Aqui se desafia esse consenso e se busca mostrar que teoria neoclássica, mesmo se se apresenta como uma construção teórica que pode reivindicar a exatidão formal, não é rigorosa – ao contrário, sustenta-se numa pequena nota que até mesmo as suas noções usuais de oferta e demanda são artificiosas e mal fundamentadas.
A nota se encontra aqui: Oferta e demanda para incompetentes
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