Capitalismo progressivo numa época sem futuro

Neste post apresenta-se uma resenha do último livro de Joseph E. Stiglitz, cujo título, traduzido, é Pessoas, poder e lucro – capitalismo progressivo para uma era de descontentamento (People, power, and profits – progressive capitalism for an age of discontent). Como sempre, faz-se isso sem deixar de manter uma atitude crítica.

Segundo esse autor, “capitalismo progressivo” é um novo nome para aquilo que na Europa é conhecido como socialdemocracia e que, atualmente, é chamado de socialismo democrático nos Estados Unidos. É claro que prefere esse novo nome para lembrar que se trata de reformar o capitalismo e não de suprimi-lo.

Stiglitz parte de um diagnóstico: o crescimento econômico tem diminuído nos Estados Unidos e na Europa e a repartição da renda tem se concentrado mais e mais no topo da distribuição. Em consequência, a sociedade de classe média, segundo ele, está sendo destruída nos países desenvolvidos.

O seu projeto de reforma nasce, assim, de um desejo de superar o que pode ser visto como uma catástrofe social em andamento no centro do capitalismo. Eis o que diz ao final:

Nós fizemos nos últimos quarenta anos um experimento com o neoliberalismo. A evidência mostra, sob qualquer medida, que ele falhou. E na medida mais importante – o bem-estar do cidadão comum – ele falhou miseravelmente. Precisamos salvar o capitalismo de si mesmo. Uma agenda de reformas capitalista progressista é a nossa melhor chance.

O texto está aqui: Capitalismo progressivo numa época sem futuro

P. S. Como o futuro da modernidade acabou, será que a humanidade será capaz de construir outro? A proposta de Joseph E. Stiglitz encontra um caminho para renovar o futuro? Ou ela é uma proposta ilusória porque compreende superficialmente o capitalismo?