No post publicado O que é financeirização? (I) [27/07/2013], mostrou-se que não se pode apreender esse fenômeno tratando a esfera do capital de finanças como simplesmente exterior à esfera do capital industrial e do capital comercial. Pois, se trata de um desenvolvimento orgânico do capitalismo que costuma ocorrer quando a taxa de lucro cai fortemente num horizonte de longo prazo.
No post O que é financeirização? (II) [26/05/2018] apresentou-se os principais resultados da pesquisa de Gretta Krippner expostos no livro Capitalizando na Crise – As origens políticas da ascensão da finança. Mostrou-se, então, que essa autora usou o termo financeirização “para se referir à crescente importância das atividades financeiras como fonte de lucros na economia”. Indicou-se, também, que, para apreender este fenômeno de forma abrangente, ela englobara sob o nome de “lucros financeiros” os ganhos capitalistas (juros, dividendos, bonificações, etc.) que são obtidos por meio dos “canais financeiros”.
No post O que é financeirização? (III) [1/07/2018] que agora se publica, procura-se mostrar como é possível sanar uma deficiência do trabalho de Krippner. Ainda que tenha descrito qualitativa e quantitativamente o fenômeno da financeirização, ela não examinou as suas origens socioeconômicas, isto é, as relações sociais exploradoras e espoliadoras que dão origem às diferentes formas de lucros financeiros. Faz-se isso neste post resumindo capítulos chaves do livro de Cédric Durand, Capital fictício – como a finança está se apropriando do nosso futuro.
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