Autora: Sandrine Aumercier[1]
À medida que se aproxima de seus limites internos e externos, a mercantilização do mundo tenta relançar a acumulação de capital de forma cada vez mais enfurecida, como se estivesse diante de uma máquina que está parada, mas que deve continuar funcionando a todo custo.
A violência desse esforço, que não para diante de qualquer esfera da existência social que quer anexar, só é igualada pelo inevitável esgotamento de suas fontes de movimento. Diante desse horizonte totalitário, a teoria crítica que pretende compreender esse funcionamento não pode almejar menos do que abraçar o nível da totalidade.
Voltando-se para esse propósito, ela tem de desafiar a fobia daqueles que diagnosticam sempre alguma tendência totalitária escondida no próprio conceito de totalidade. Mas também é preciso renunciar ao fruto venenoso dos amanhãs cantados a que o conceito de totalidade parece convidar.
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