No prefácio ao livro A finança mundializada (2005), organizado por François Chesnais, Luiz Gonzaga Belluzzo não se esquece de equiparar o pensamento de Keynes ao de Marx: “Marx, como Keynes, desvendou no capitalismo a possibilidade da acumulação da riqueza abstrata, desvencilhada dos incômodos da produção material. Para eles, tal ambição não é sintoma de deformação, mas de aperfeiçoamento da “natureza” do regime do capital.” No entanto, como se sabe, Marx nunca propôs a “eutanásia dos rentistas”, mas Keynes o fez. Logo, não pode ser certo que Keynes tenha visto o desenvolvimento das formas financeiras do capital como “aperfeiçoamento da natureza do regime do capital”. Também é verdade que Beluzzo parece aprovar grosso modo as teses contidas no livro organizado por Chesnais. Mas, afinal, que teses são estas? Seriam elas corretas? Um livro recém-publicado, A political economy of contemporary capitalism and its crisis, propõe uma compreensão bem diferente da financeirização.
Para ler a nota clique aqui: O que é financeirização
Eleuterio,
voce sabe se ha algum dado que compare a importancia para as economias avancadas do mundo financeiro e do mundo da TI (google, apple, amazon, facebook, netflix, microsoft, oracle, foursquare etc.)?
abc
Manoel
Caro Manoel
Não, eu não sei se há estatísticas nesse sentido. Mas, certamente, ambas são muito importantes. A questão discutida é se a finança é funcional ou desfuncional do ponto de vista capitalista. Quanto a TI, não há dúvida, é funcional. ]
Abraço
Eleutério
Li o livro no mês passado e para falar a verdade achei os conceitos um pouco ultrapassados. Acho que foi criado há bastante tempo atrás e só foi publicado recentemente. Mas vale a leitura
Você não explicou porque acha os conceitos ultrapassados. De qualquer modo, o ponto principal do livro merece ser discutido – e muito seriamente, penso.