Como foi dito no post anterior, há no campo do pensamento crítico duas linhas de explicação para a crise de 2007-2008:
- uma delas procura mostrar que essa convulsão, em última instância, decorreu das tendências inerentes ao modo de produção capitalista, em especial da lei da tendência à queda da taxa de lucro;
- a outra busca as suas causas imediatas nas mudanças institucionais que ocorreram a partir da crise dos anos 1970, em particular aquelas que liberaram as finanças dos constrangimentos até então existentes à sua expansão.
Este post encaminha a publicação de um artigo percuciente que representa muito bem essa segunda posição. O texto foi escrito por uma jovem e brilhante economista britânica que trabalha como pesquisadora no Institute for Public Policy Research (IPPR) ligado ao Partido Trabalhista do Reino Unido.
Apesar de concordar com a sua tese central – a financeirização não é uma perversão do capitalismo, mas expressão privilegiada de sua mutação histórica mais recente –, julga-se que abriga certas questões conceituais que precisam discutidas e criticadas. Mas isto será feito apenas no próximo post a ser publicado neste blog.
O artigo de Grace Brakeley se encontra aqui: A última encarnação do capitalismo; mas ele foi publicado também pelo Outras Palavras: https://wp.me/p15fon-39EB.
A crítica se encontra aqui: Rentismo ou jurismo?
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