Todd McGowan [1]
Dialética do Progresso
Saber como o progresso engendra movimentos de reação é uma questão que tem preocupado muitos pensadores desde meados do século XX, quando uma onda reacionária, muito destrutiva, manifestou-se na história. A primeira grande tentativa de dar sentido ao que alimenta essa política reacionária é a Dialética do Iluminismo de Theodor Adorno e Max Horkheimer.
Para Adorno e Horkheimer, o progresso sempre conteve um resíduo perverso de violência. Eles veem esse resíduo se manifestar nas estrepolias perpetuadas por Odisseu, nas perversões celebradas pelo Marquês de Sade e nas manipulações da indústria cultural. As forças negativas do iluminismo operam aí e se impõem diante de qualquer resistência possível.
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