Dialética e desconstrução enquanto críticas da metafísica

Eleutério F. S. Prado [1]

Para poder entender certas controvérsias contemporâneas é preciso compreender minimamente o que é ontologia, metafísica, dialética e desconstrução. Como esse objetivo se constrói aqui um texto usando outros que serão expressamente indicados. E isso já mostra que não se reivindica qualquer originalidade no que vem escrito em sequência. Na verdade, copia-se trechos de outros escritos.

Inicia-se com a conceituação de ontologia e metafísica encontrada num escrito de François Talbot [2]:

“A palavra “ontologia” não foi cunhada em grego, mas sim no latim dos escolásticos. Surgiu no início do século XVII e seu uso rapidamente se difundiu. É formada pelas raízes “ontos”, que significa “do ser” em grego, e “logos, que significa “palavra” ou “saber” também em grego. “Ontologia”, portanto, designa simplesmente “o saber do ser”, a ciência do que é. O termo, então, passou a ser tomado como sinônimo de “metafísica”.

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As ontologias dialéticas de Hegel e Marx

François Talbot

Parte I

O artigo [1] que você está prestes a ler gira em torno da transição da “ontologia do conhecimento” de Hegel para a “ontologia da práxis” de Marx.[2] No entanto, nem Hegel nem Marx usaram o termo “ontologia” para descrever suas respectivas perspectivas. Nomear os eixos fundamentais de suas filosofias dessa maneira reflete um certo viés, uma forma particular de compreender nossa própria situação no pensamento. A sua função é situar os dois autores dentro da tradição que herdaram e apreender suas filosofias em relação aos problemas que nós mesmos enfrentamos no campo do pensamento contemporâneo.

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