As finanças e as corporações

Autores: Stephen Maher e Scott Aquanno[1]

A financeirização vem junto com a própria evolução do capitalismo; ela opera em suas tensões e antagonismos. Uma vez que as contradições desse sistema nunca podem ser totalmente resolvidas, ele deve mudar continuamente para superar as barreiras e crises que elas geram – por meio de um processo semelhante à adaptação darwiniana. O conflito de classes é manifestação de sua contradição – ainda que não única – mais importante.

Embora o colapso do mercado de ações de 1929 tenha sido seguido, durante toda a década de 1930, por ondas de luta da classe trabalhadora, ele revelou também as profundas instabilidades do sistema em que o capital financeiro está centrado nos bancos. Isso estimulou o Estado a separar os bancos da governança corporativa, o que levou as corporações industriais a assumirem novas funções financeiras. Assim, essas empresas se adaptaram aos desafios de gerenciar operações cada vez mais complexas, internacionalizadas e diversificadas, por meio da reorganização de um mercado financeiro interno na forma de um planejamento corporativo.

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