As teorias do desenvolvimento criadas no pós-II Guerra Mundial pressupunham que os países ditos subdesenvolvidos poderiam, por meio de políticas adequadas, superar essa condição. Conforme se urbanizavam e se industrializavam, eles iriam pouco a pouco alcançando os países ditos desenvolvidos.
Passados mais de setenta anos, a tese da convergência acima enunciada ainda prevalece como um suposto de fundo de boa parte dos teóricos ortodoxos. Ela, entretanto, não é mais defendida explicitamente. Pois, a história real do desenvolvimento econômica dos países do Sul não lhes dá qualquer suporte.
Neste post examina-se a hipótese de Nassif, Feijó e Araújo, segundo a qual o Brasil não está mais alçando (catching up) mas, ao contrário, está ficando para trás (falling behind). Pensando na tradição de Kaldor e Thirwall, esses três autores admitem também que o crescimento econômico do Brasil, provavelmente, continuará simulando o voo das galinhas.
Para acrescentar um viés um pouco mais pessimista à tese desses autores, mostra-se com base num artigo de Alan Freeman que as evidências históricas apontam não para uma convergência, mas para uma divergência. Os países do Sul, sob o capitalismo globalizado, estão ficando cada vez para trás em relação do Norte desenvolvido.
O que fazer? Aceitar o caminho da pobreza e até da barbárie ou reinventar o futuro?
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