O protecionismo dos EUA pode prejudicar a China?

Fonte: Financial Times. Copiado do blogue de Adam Tooze.

O gráfico abaixo mostra o desenvolvimento das exportações chinesas para os Estados Unidos (em vermelho), para os países desenvolvidos exceto os Estados Unidos (em azul claro) e para os mercados ditos emergentes (azul escuro). Os dados que nele constam permitem avaliar o impacto máximo das tarifas possíveis postas pelos Estados Unidos nas importações que recebe da China. Segundo o Financial Times, esse impacto seria significativo se for máximo, mas não desastroso. Não se considera o impacto possível dessa política tarifária na própria economia norte-americana.

“A China” – diz Tooze – “diversificou as suas exportações em relação ao mercado dos EUA desde o primeiro mandato de Trump. A demanda total americana por produtos chineses agora representa cerca de 2,8% do PIB da China, de acordo com a consultoria Capital Economics. Os seus cálculos sugerem que um aumento na tarifa efetiva de cerca de 15% para 60% (in extremis) – tal como Trump ameaçou – poderia encolher a economia chinesa em apenas 1%. Essa porcentagem talvez seja menor do que muitos costumam pensar que poderia ser; veja-se, ademais, que essa porcentagem é máxima já que não considera outros fatores de compensação”.